sexta-feira, 18 de julho de 2008

Muitos cuidados

Sempre que posso, eu estou falando com meu bebê... assim também é com o Júnior e isso sempre fez parte de nós. Porque acreditamos que a criança, desde o ventre, pode se sentir rejeitada e, por isso, desenvolver alguns problemas emocionais que vão refletir em toda a sua vida.

E estamos certos. Veja o que diz a psicóloga infantil, Patrizia Borgonovo, da Clínica Contato:

Durante a gestação, o feto está em perfeita comunicação com a mãe, captando os seus estados emocionais e a sua afeição por ele. Quando há sentimentos amorosos e serenidade, o seu cérebro, ainda em formação, produz hormônios como endorfina e ocitocina, responsáveis pela sensação de bem-estar. Mas, se a criança sofrer maus-tratos repetidas vezes ou for tratada com frieza e indiferença, a formação do seu cérebro sofrerá danos. “Sabe-se hoje que o período que vai da concepção ao primeiro ano de vida é o que mais apresenta desenvolvimento. O sistema nervoso do bebê, com neurônios em abundância, é extremamente plástico e encontra-se com potencial máximo para formar-se, de acordo com estímulos recebidos”, explica a psicóloga.

Nos primeiros anos de vida e durante a gestação, o Sistema Nervoso Central cresce muito rapidamente, podendo ser influenciado por inúmeros fatores. Por isso, esse período é também o mais crítico e vulnerável no desenvolvimento do indivíduo, quando é definida a base para seu crescimento intelectual, emocional e moral. “Fica clara, portanto, a importância da qualidade nas primeiras interações da criança com o meio e como isso afeta o desenvolvimento global saudável”, salienta.

Quando se fala sobre qualidade de interações, não significa que para uma criança crescer saudável, ela precisa de um paraíso sem sofrimentos, mas há, sim, algumas situações que não podem faltar no início da vida do indivíduo. “Por exemplo, nos primeiros meses, a criança precisa sentir que existem pessoas que podem satisfazer suas necessidades, sem deixá-la exposta à dor e ao desconforto. Este é o alicerce básico da confiança”, esclarece Patrizia.


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